"E temos muito a aprender", reconheceu o ativista que moderou uma mesa redonda após a estreia em Londres do documentário da Imagen de Chile "Eu sou a Terra". O evento abordou a liderança que o país alcançou em termos de mitigação das mudanças climáticas.
O famoso Everyman Theatre, em King's Cross, Londres, foi o palco da estreia do documentário "I am the Earth. Stories from the Southern Edge of the World".
Líderes ambientais, políticos e representantes da mídia e do setor privado do Chile e do Reino Unido participaram do evento. Além da exibição de um filme, o evento tornou-se um fórum de conversação e uma oportunidade de compartilhar opiniões sobre o maior desafio que ameaça a humanidade atualmente: as mudanças climáticas.
O público conheceu as histórias de sete chilenos que, desse país no extremo sul do mundo, estão se mobilizando para combater a crise. Eles ficaram surpresos com o fato de o Chile ter se tornado hoje o país com o melhor desempenho de proteção climática da América Latina e o terceiro melhor do mundo, superado apenas pela Dinamarca e pela Suécia, de acordo com o prestigioso Índice de Desempenho em Mudanças Climáticas 2023 (CCPI).
"Nosso país está se posicionando como uma importante parte interessada na mitigação das mudanças climáticas e na proteção do oceano e dos ecossistemas. É exatamente disso que trata este documentário; chilenos com um propósito, para ajudar a construir um futuro melhor não apenas para o nosso país, mas para o mundo", declarou Rossana Dresdner, diretora executiva da Fundación Imagen de Chile.
Após a exibição, houve uma mesa redonda moderada pelo ativista ambiental Dominique Palmer. A embaixadora do Chile no Reino Unido, Susana Herrera, participou ao lado de dois dos protagonistas do documentário: o doutor em oceanografia, Osvaldo Ulloa, e o fundador da AgroUrbana, Cristián Sjögren.
"Qual é a razão pela qual o Chile é hoje o país com o terceiro melhor desempenho do mundo na tomada de medidas contra as mudanças climáticas?", perguntou Palmer ao representante do Chile no Reino Unido. A embaixadora Herrera atribuiu isso a uma combinação virtuosa de compromisso político, responsabilidade social, contribuição da ciência por meio da colaboração entre diferentes conhecimentos e dados para a obtenção de soluções inovadoras, além de um setor privado comprometido e envolvido com a promessa do Estado chileno de se tornar um país com emissão zero até 2050". Ela continuou: "Este documentário e as histórias que ele aborda são o reflexo de uma visão que está sendo canalizada pelo Estado por meio de seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e nosso esforço para estabelecer um caminho em direção a uma sociedade mais equilibrada, justa e sustentável".
A apresentação também ocorreu no contexto dos 200 anos de relações bilaterais entre o Chile e o Reino Unido, que serão comemorados em 2023. Isso foi algo que não passou despercebido por Palmer em seu papel como uma renomada ativista ambiental.
"O Chile é um país inspirador com o qual temos muito a aprender. Um país que está avançando em direção a uma transição de energia renovável, que está desenvolvendo hidrogênio verde a preços competitivos, justamente quando o planeta está passando por uma crise energética. Adoro pensar na colaboração que podemos estabelecer entre o Chile e o Reino Unido. Acho fascinante o fato de que, após 200 anos de relações bilaterais, ainda temos um longo caminho para trabalhar e crescer juntos".