Gamaga, AOne Games, Niebla Games e Ace Team são apenas alguns dos mais de 60 representantes chilenos bem-sucedidos de uma indústria que está crescendo globalmente. "Nossa vantagem está enraizada em nossa qualidade e no selo chileno", declara o presidente da associação chilena de desenvolvedores de videogames, Video Games Chile.
Os videogames se tornaram o maior gerador de receita anual da indústria do entretenimento no mundo. Somente em 2019, esse setor faturou mais de US$ 120 bilhões e, de acordo com o último relatório de mercado global de jogos da principal empresa de pesquisa de mercado, Newzoo , esse montante deve superar US$ 200 bilhões durante 2023.
O Chile não foge à tendência. Nos últimos anos, o setor tem apresentado um crescimento exponencial no país, com mais de 60 empresas chilenas focadas nessa área. Nos últimos 10 anos, a produção chilena de videogames cresceu de uma indústria incipiente para uma que deveria gerar U$ 8,5 milhões até 2020, de acordo com informações divulgadas pela Video Games Chile.
"O Chile tem muito a oferecer na região latino-americana. Embora não sejamos um mercado forte em termos de consumo, temos grandes talentos em diferentes áreas de desenvolvimento técnico, como programação, arte e animação, direção e assim por diante", disse Guillermo Gómez Zará, presidente da Video Games Chile. "Nossa vantagem está enraizada em nossa qualidade e no selo chileno que está estampado em jogos projetados no Chile. A força desse selo é que não precisamos nos basear exclusivamente em temas relacionados ao nosso próprio território, mas também podemos trabalhar com temas distantes da nossa cultura e infundi-los com a nossa perspectiva com novas cores e tonalidades", acrescentou.
Um exemplo de crescimento no setor é a Gamaga, uma das principais empresas independentes de videogames do Chile. Fundada em 2009, a empresa é responsável por títulos como Banana Kong, jogo para celular que acumulou mais de 200 milhões de downloads em 7 anos, e Operate Now Hospital, simulador de cirurgia e gestão hospitalar que arrecadou mais de US$ 50 milhões desde seu lançamento em 2016.
"Quando começamos com Gamaga em 2009, não éramos apenas fanáticos por videogames. Éramos fãs de provar como o Chile poderia ser bem-sucedido nesse tipo de indústria", disse a cofundadora e COO da Gamaga, Fernanda Contreras, em entrevista ao Las Últimas Noticias em abril, após ser nomeada pela Imagen de Chile como parte da rede Chilen@s Creando Futuro.
A AOne Games é outra importante pioneira na indústria local. Fundada em 2015, foi altamente reconhecida por seu primeiro produto PS4, Omen of Sorrow, e recebeu prêmios como Melhor Jogo na EVA (Conferência Nacional de Videogames da Argentina) de 2018, em Córdoba, Argentina; Segundo jogo mais esperado; e Segunda Melhor Demo na versão 2017 do Shoryuken Fighting Game Awards.
Entre os novos títulos que o Made in Chile publicou nos últimos anos estão:
Causa Voices of Dusk por Niebla Games, Cyber Ops: Tactical Hacking Support por Octetos Studios e Rock of Ages 3: Make & Break por Ace Team e Giant Monkey Robot.
A Video Games Chile diz que o consumo de videogames também tem aumentado em seu país de origem. "Nossos membros relatam que houve um aumento no consumo de videogames chilenos. Isso se deve ao aumento da visibilidade em diferentes eventos em lojas digitais e em atividades virtuais onde houve streamers e desenvolvedores apresentando videogames chilenos", explica o presidente da organização, Gómez Zará.
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