28 de agosto de 2020 #ChileDiverse

Videogames fabricados no Chile: a indústria nacional de entretenimento em ascensão

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Gamaga, AOne Games, Niebla Games e Ace Team são apenas alguns dos mais de 60 expoentes chilenos bem-sucedidos de uma indústria que está crescendo globalmente. "Nossa vantagem vem da qualidade e do selo chileno", diz o presidente da associação Video Games Chile. 

Os videogames se tornaram o maior ganhador de dinheiro anual do mundo no setor de entretenimento. Somente em 2019, o setor arrecadou mais de US$ 120 bilhões e, de acordo com o mais recente relatório sobre o mercado global de jogos da pesquisadora de mercado líder Newzoo, ele deverá ultrapassar US$ 200 bilhões até 2023.

E o Chile não foge à regra, já que nos últimos anos apresentou um crescimento exponencial, com mais de 60 empresas nacionais focadas no setor. Assim, nos últimos 10 anos, a produção chilena de videogames deixou de ser incipiente para se tornar uma indústria que, em 2020, deverá gerar US$ 8,5 milhões, de acordo com dados divulgados pela Video Games Chile.

"O Chile tem muito o que falar na região da América Latina. Embora não sejamos um mercado consumidor forte, no desenvolvimento temos grandes talentos em diferentes áreas técnicas, como programação, direção de arte e animação, entre outras", diz Guillermo Gómez Zará, presidente da associação comercial Video Games Chile. "Nossa vantagem vem da qualidade e do selo chileno que está impregnado nos jogos desenvolvidos no Chile. E esse selo está em não ter que se concentrar apenas em temas relacionados ao nosso próprio território, mas também em poder intervir em temas que estão distantes de nossa cultura e dar a eles nossa perspectiva com novas cores e nuances", acrescentou.

Um exemplo do crescimento do setor é a Gamaga, uma das principais empresas de jogos independentes do Chile. Fundada em 2009, a empresa de videogames é responsável por títulos como Banana Kong, um jogo para celular que acumulou mais de 200 milhões de downloads em sete anos, e Operate Now Hospital, um simulador de cirurgia e gerenciamento hospitalar que arrecadou mais de US$ 50 milhões desde seu lançamento em 2016.

"Quando começamos a Gamaga em 2009, mais do que fãs de videogames, éramos fãs de demonstrar que o Chile poderia ser bem-sucedido nesse tipo de indústria", disse Fernanda Contreras, cofundadora e COO da Gamaga, em uma entrevista ao Las Últimas Noticias em abril, depois de ser nomeada pela Imagen de Chile como parte da rede Chilen@s Creando Futuro.

A AOne Games é mais uma das pioneiras que se destacam na indústria nacional. Nascida em 2015, tem sido amplamente reconhecida por seu primeiro produto "Omen of Sorrow", para PS4, recebendo prêmios como Melhor Jogo no EVA Córdoba 2018; Segundo Jogo Mais Antecipado de 2017 e Segunda Melhor Demo de 2017 no Shoryuken Fighting Game Awards.

Os novos títulos feitos no Chile que foram publicados nos últimos anos incluem "Causa Voices of Dusk", da Niebla Games, "Cyber Ops: Tactical Hacking Support", da Octetos Studios, e "Rock of Ages 3: Make & Break", da Ace Team e da Giant Monkey Robot.

A Video Games Chile informa que o consumo de videogames também vem crescendo no país. "Nossos parceiros nos informaram que houve um aumento no consumo de videogames chilenos. Isso se deve ao aumento da visibilidade em diferentes instâncias de ofertas em lojas digitais e em atividades virtuais onde há streamers e desenvolvedores mostrando videogames chilenos", diz Gómez Zará, presidente da organização.

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