24 de fevereiro de 2017 #ChileDiverse #Ciência e conhecimento

O Chile é o primeiro país da América Latina a obter a "classificação verde" para o maior telescópio do mundo

As possibilidades da astronomia no norte do Chile são reconhecidas em todo o mundo, razão pela qual dezenas de observatórios foram instalados entre as regiões de Arica y Parinacota e Coquimbo. Um desses observatórios é o La Silla, localizado na região de Coquimbo, que, por sua vez, conta com mais de 18 telescópios, o que o torna um dos maiores observatórios do hemisfério sul. Foi justamente desse observatório, usando o telescópio TRAPPIST, que foram capturadas as imagens que levaram à descoberta da existência de um sistema solar a quarenta anos-luz de distância da Terra.

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Imagens capturadas pelo Very Large Telescope, localizado no Observatório Paranal, na região norte de Antofagasta, e por um telescópio espacial também foram fundamentais para a descoberta do promissor sistema. A importância dessa descoberta está na singularidade do sistema de planetas que orbitam a estrela anã ultrafria chamada TRAPPIST-1: todos os sete planetas são surpreendentemente semelhantes em tamanho à Terra. Além disso, três desses planetas estão dentro da chamada "zona habitável", ou seja, a zona localizada a uma distância da estrela que tornaria possível a presença de água e, portanto, talvez de vida.

O sistema TRAPPIST-1 está localizado a quarenta anos-luz da Terra, o que significa que, se fosse possível viajar na velocidade da luz, levaria cerca de quarenta anos para chegar lá. Como a viagem na velocidade da luz ainda não é possível, nas condições atuais, um ônibus espacial levaria 1,5 milhão de anos para chegar a um dos planetas do sistema.

Essa descoberta chocou o mundo da ciência, e a próxima etapa é determinar se os planetas dentro da zona habitável têm água líquida e analisar as possibilidades de vida. Vários telescópios e observatórios existentes ajudarão no processo, mas espera-se que novos centros de observação sejam abertos nos próximos anos para fornecer aos cientistas novas ferramentas e imagens.

Dois desses telescópios estarão localizados no Chile: o European Extremely Large Telescope (Telescópio Europeu Extremamente Grande ) e o Giant Magellan Telescope (Telescópio Gigante de Magalhães). Ambos os projetos terão suas primeiras observações na primeira metade da próxima década e prometem ser referências para a nova geração de telescópios ópticos no mundo.

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