31 de julho de 2023 #Imagem do Chile

Imagem do país, um empreendimento público-privado

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Por Rossana Dresdner C., diretora executiva da Fundación Imagen de Chile; e Ignacio Fernández R., diretor administrativo da ProChile

As estratégias e ações de nation branding - uma prática adotada por um número crescente de países - visam criar ou melhorar a imagem de um país entre os cidadãos e/ou tomadores de decisão de outros países. São planos ambiciosos com um escopo global, e não setorial, que visam melhorar a percepção de um país como um todo e dependem de esforços coordenados entre vários setores. Não existe uma fórmula única para o sucesso.

No caso do Chile, os esforços para construir uma imagem positiva do país são contínuos, dia após dia, em uma série de ambientes diferentes, desde as empresas de exportação até a participação destacada dos atletas chilenos em competições internacionais e o trabalho dos observatórios localizados no norte do país. Essas iniciativas são lideradas pela Fundación Imagen de Chile (FICH) e fortalecidas por meio da colaboração entre os setores público e privado, onde o ProChile tem se destacado como um ator fundamental.

A FICH divulgou recentemente os resultados de seu Estudo Longitudinal 2023, uma avaliação anual que monitora as percepções do Chile em vários mercados importantes do mundo. Nessa versão do estudo, atributos diferenciadores como "desenvolvimento científico" e "sustentabilidade" emergiram como os aspectos mais proeminentes do posicionamento do país. No entanto, outra característica fundamental cujo posicionamento tem se consolidado ao longo dos anos é a qualidade das exportações do Chile; 47% dos entrevistados destacaram a excelência dos produtos chilenos que são vendidos internacionalmente. Nossos produtos são reconhecidos por sua qualidade, diversidade e produção artesanal, atributos que se fortaleceram ao longo do tempo.

Entretanto, para continuar a construir uma imagem positiva do país, nossas ações também devem apoiar essa narrativa. Como disse Simon Anholt, criador do Nation Brands Index, "os países são julgados pelo que fazem e como se comportam, não pelo que dizem".

Nesse sentido, devemos continuar trabalhando com todas as ferramentas disponíveis, apresentando nossa oferta diversificada de exportações e serviços em feiras internacionais, implementando campanhas de marketing digital e construindo relacionamentos sólidos com a imprensa estrangeira. As campanhas internacionais da FICH e o apoio às marcas setoriais do ProChile, como Wines of Chile ou CinemaChile, são excelentes exemplos de como podemos fortalecer nossa presença global.

Nós, responsáveis por liderar as instituições que zelam pela imagem do nosso país, devemos abrir canais para a participação de representantes de todos os setores envolvidos, a fim de continuar a construir e destacar nossa identidade única, transformando-a em uma política de Estado. Dessa forma, todos os que estão trabalhando para construir a marca do nosso país terão um senso de pertencimento e orgulho e a usarão em suas próprias iniciativas. É um plano ambicioso, mas não podemos nos deixar ficar para trás.

Construir a imagem do nosso país é uma tarefa coletiva que exige coesão e esforço contínuo entre os setores público e privado, da tecnologia à cultura, e de Arica, no norte, à Antártida chilena. Somente dessa forma poderemos transcender nossas fronteiras e deixar uma pegada global positiva.

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