O Festival Internacional de Cinema de Berlim começou neste dia 16 de fevereiro, sua primeira edição presencial completa após a pandemia. Também marca o retorno do Chile a este primeiro grande evento do calendário anual de festivais, com uma delegação que inclui projetos de filmes e séries, em um momento muito promissor para o cinema chileno em todo o mundo.
Nosso país é representado por uma delegação de mais de 40 chilenos nas diferentes seções do festival. "A Eterna Memória", de Maite Alberdi, e "Mutt", de Vuk Lungulov-Klotz, são os destaques, após a premiada temporada no Festival de Sundance.
Este ano, o Chile oferece uma surpresa no European Film Market (EFM), com a participação de 22 produtoras nacionais. Sete delas – Equeco, Juntos Filmes, Mar Pictures, Mesa Redonda Studio, Quijote Films, Storyboard Media e Wood Productions – contam com o apoio do Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio. Eles estão participando ao lado de outros três na seção Berlinale Talents, dois projetos na seção Screenings e mais dois na seção Feature Film Pitch.
O retorno do Chile a Berlim é promissor, segundo a produtora internacional do CinemaChile, Ashley Salman: "Construímos uma ótima relação com o mercado e, nesta edição, buscamos continuar nos fortalecendo. Esta delegação vem com uma forte presença de histórias sobre mulheres e jovens. Há também comédias e filmes de gênero: policiais, históricos e de ação."
Acordo de coprodução Chile-Alemanha
O comissário de Comércio da ProChile Berlin, Germán Vergara, enfatiza que o trabalho "na Berlinale é fundamental para continuar posicionando a indústria audiovisual chilena no mercado europeu". Esses esforços foram agora reforçados graças ao recente acordo de coprodução assinado com a Alemanha no final de dezembro, que será apresentado em um espaço de networking entre produtores dos dois países em 20 de fevereiro.
A presidente da Associação Chilena de Produtores de Cinema e Televisão (APCT), Gabriela Sándoval, explica que uma parte fundamental do acordo é que as produções têm dupla nacionalidade. Isso "lhes dá acesso a benefícios e instrumentos promocionais e/ou quaisquer vantagens fiscais que existam em qualquer país, seja a produção majoritariamente chilena ou alemã".
Este acordo se junta aos firmados com Argentina, Brasil, França, Itália e Venezuela, que permitem o acesso a diferentes fontes de financiamento e facilitam a entrada temporária de pessoal técnico e artístico, bem como a importação e exportação de material adicional da produtora.
Chile apresenta documentário sobre mudanças climáticas
Como parte da participação do Chile na Berlinale 2023, uma atividade inédita acontecerá no sábado, 18 de fevereiro: o "Chile Event", organizado pelo CinemaChile, ProChile e Imagen de Chile. O produtor Juan de Dios Larraín, da Fábula Productions, e Magdalena Atria, embaixadora do Chile na Alemanha, apresentarão o documentário: "Eu sou a Terra. Histórias do Extremo Sul do Mundo". O documentário mostra os esforços que homens e mulheres chilenos estão fazendo para ajudar a mitigar as mudanças climáticas, como parte da liderança que o Chile está assumindo neste assunto internacionalmente. O Chile foi recentemente classificado pelo NewClimate Institute como o país com o melhor desempenho em proteção climática em todas as Américas, superado em nível global apenas pela Dinamarca e Suécia.
"O Chile está se posicionando como um ator importante na mitigação das mudanças climáticas e na proteção dos oceanos e ecossistemas. Nossa política externa turquesa e a adesão à neutralidade de carbono em lei são exemplos de como estamos avançando com especial ênfase em um modelo de desenvolvimento sustentável, com políticas públicas e inovações cidadãs de diferentes escopos e magnitudes. É isso que queríamos destacar neste documentário", afirma a diretora executiva da Imagen de Chile, Rossana Dresdner.
Para mais detalhes sobre a participação do Chile em Berlim 2023, visite o site do CinemaChile.