Depois que sua natação na Antártida foi adiada para o próximo ano devido à pandemia, a nadadora de água gelada não parou até quebrar um recorde mundial do Guinness neste fim de semana no Cabo Horn: a primeira pessoa no mundo a nadar três milhas náuticas entre os oceanos Pacífico e Atlântico, além de quebrar um recorde de velocidade.
O desafio original da nadadora de águas geladas Bárbara Hernández era dar ao Chile o recorde de maior distância nadada na Antártica da história. Mas a atleta mostrou que era resistente ao teste. Embora a pandemia a tenha forçado a adiar sua natação antártica para o próximo ano, neste fim de semana foi o Cabo Horn, na região de Magallanes, que permitiu que ela quebrasse mais dois recordes, que serão inscritos no famoso Guinness Book of Records.
Barbara foi a primeira mulher e pessoa no mundo a nadar 3 milhas náuticas, um total de 5.550 metros entre os oceanos Pacífico e Atlântico, e também quebrou o recorde de velocidade para a milha nadada em apenas 15min 03 segundos, conquistando um recorde mundial sem precedentes do Guinness.
"Estou feliz e agradecida pela oportunidade de nadar em águas tão complexas e significativas, agradeço a toda a tripulação do navio PSG Isaza da Marinha do Chile, também à minha equipe que me permitiu estar segura e a todas as pessoas que estiveram presentes. Eu amo a região de Magallanes, ela significa muito em minha carreira e essa natação é mais uma maneira de mostrar que nada é impossível, que sempre vale a pena trabalhar por seus sonhos", disse Bárbara Hernández, também conhecida como a "Sereia do Gelo".
De forma inédita, a Marinha do Chile facilitou a navegação de um navio até o Cabo Horn. A janela de tempo mais favorável para esse desafio, considerando que as condições climáticas na área estão entre as mais adversas do mundo, foi o domingo, 27 de fevereiro.
A viagem começou em Punta Arenas em uma aeronave Beechcraft King Air 100 até Puerto Williams. A delegação partiu nas primeiras horas do domingo, 27 de fevereiro, para nadar entre 13:00 e 15:00 horas, depois de 7 horas de navegação pela Baía de Nassau para chegar ao Mar de Drake, especificamente ao sul da Isla Hornos.
A nadadora e psicóloga de 36 anos é apaixonada por desafios. Em 2021, em meio à pandemia, ela realizou dois grandes feitos: em maio, tornou-se a primeira sul-americana a cruzar o Canal Molokai e, em agosto, foi a primeira latino-americana a completar uma corrida de duas voltas ao redor da ilha de Manhattan, em Nova York. No ano passado, ela também foi eleita a mulher do ano pela Associação Mundial de Natação em Águas Abertas e foi escolhida entre os 100 jovens líderes pela revista Sábado, do El Mercurio. A atleta nacional recebeu mais de 100 medalhas em sua carreira e, em 2017, 2018 e 2019, foi classificada em primeiro lugar pela Associação Internacional de Natação de Inverno.
Barbara está tentando se tornar a primeira sul-americana a nadar os sete oceanos, dos quais já nadou quatro: o Estreito de Gibraltar (entre a Espanha e o Marrocos), o Canal da Catalina (EUA), o Canal da Mancha (entre a França e a Inglaterra) e o Canal Molokai (Havaí).
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