O maestro, que em dezembro de 2024 regeu Madama Butterfly em Barcelona, falou à Imagen de Chile sobre sua regência nessa importante obra, o orgulho de representar o país e seus planos para 2025.
O maestro Paolo Bortolameolli recebeu elogios e mais elogios após reger "Madama Butterfly", um dos dramas musicais mais famosos e executados do repertório lírico, conhecido por sua música emocional e história trágica. Esse marco não só mostra a relevância do músico chileno, mas também o palco em que ele se apresentou pela quarta vez em sua carreira: o Gran Teatre del Liceu, em Barcelona, sede de importantes óperas e com mais de 180 anos de história.
"A experiência foi realmente fantástica. Também é muito bom reencontrar um teatro do qual gosto muito desde a primeira vez que trabalhei aqui com Gustavo Dudamel. É uma produção incrível, em um teatro tão importante em nível europeu e mundial, com todas as apresentações lotadas. Estamos falando de um teatro que tem cerca de 2.300 lugares. É uma experiência realmente maravilhosa. Além disso, com boas críticas... tudo muito bem feito", declarou Bortolameolli.
"Sempre me sinto, antes de tudo, chileno. Um músico chileno no mundo. É sempre um orgulho poder levar o nome do meu país a diferentes teatros", respondeu o diretor à pergunta sobre o orgulho de exportar seu talento para as plateias e palcos mais importantes do mundo.
Ele também destacou o talento que existe no Chile nessa área: "Tive a oportunidade de estrear obras do compositor chileno Miguel Farías em diferentes orquestras, como a Filarmônica de Los Angeles, a Sinfônica de San Diego, a Sinfônica de Houston e, mais recentemente, a Sinfônica do Estado de São Paulo, que é uma das mais importantes orquestras sinfônicas da América Latina".
Ele descreveu seu papel como um "embaixador" da música chilena nos diferentes países onde se apresenta: "Sempre que posso, estou fazendo meu trabalho de divulgar a música clássica chilena e, é claro, representar o talento do meu país da melhor maneira possível, sempre com muito orgulho e muito carinho", acrescentou.
Depois de terminar a temporada de Madama Butterfly, ele falou sobre seus projetos para 2025. No total, serão dois concertos sinfônicos e duas óperas. "Começo o ano viajando para os Estados Unidos, onde farei minha estreia com três importantes orquestras: a New World Symphony de Miami, a Minnesota Symphony e a Utah Symphony. No Chile, terei uma grande participação este ano com a Filarmônica de Santiago, começando com a abertura da temporada de concertos em março.
A performance em Madama Butterfly do homem que também é maestro associado da Filarmônica de Los Angeles não passou despercebida na mídia de renome. Assim, o El País observou: "A surpresa desse renascimento de Madama Butterfly foi a excelente direção musical do chileno Paolo Bortolameolli [...] ele agora voa sozinho e deixou claras suas credenciais na estreia, com detalhes de classe em termos de cor orquestral e flexibilidade no manejo do tempo".
Por sua vez, La Vanguardia disse: "A partitura apresentada pelo maestro Paolo Bortolameolli em detalhes e talvez com uma abordagem mais americana do que italiana é uma catarse exponencialmente crescente".
Por fim, a revista de música clássica Scherzo destacou o ímpeto de Bortolameolli na regência: "Bortolameolli demonstrou paixão, energia e ideias claras no fosso. Em sua leitura detalhada, com tempos bastante rápidos, ele sustentou com precisão e firmeza o pulso dramático dessa partitura suntuosa e refinada, dando força e brilho às cenas mais intensas".