11 de dezembro de 2020 #ChileDiverse

A indústria musical do Chile chama a atenção do mundo

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As primeiras comemorações dessa data específica datam de 1695 em Edimburgo, Escócia, e depois se espalharam para outros países, como a Espanha. Na América Latina, as primeiras comemorações começaram em 1920 no Rio de Janeiro, Brasil, e depois se espalharam para os demais países da região.

Tendências musicais no Chile

Fazendo uma radiografia da indústria da música em nosso país, as tendências que estão em vigor hoje respondem ao que está acontecendo no cenário internacional. De acordo com Marcelo Contreras, crítico musical, a música chilena tem três estratos principais: urbano, novo pop chileno e clássicos. A música urbana é a maior atração para o público jovem atualmente, estabelecendo uma forte tendência e liderando as paradas, diz Contreras. Artistas nacionais como Gianluca e Princesa Alba são representantes dessa nova geração musical.

Apesar de ser uma espécie de reflexo do contexto global, a música urbana gerada no Chile tem um certo caráter que a identifica como local. "Enquanto o reggeaton sempre se baseia no hedonismo e na carnalidade, e no Chile esses elementos não se perderam, os artistas lhe deram uma interpretação mais taciturna e melancólica, o que gera um paradoxo: música festiva, mas com um grau de intimidade e fragilidade", explica o crítico musical.

Por outro lado, há uma geração que exibe o novo pop chileno, um termo cunhado nas duas últimas décadas deste século. Javiera Mena, Mon Laferte, Gepe, Pedropiedra, Camila Moreno e Francisca Valenzuela são alguns dos artistas de destaque que fazem parte desse grupo, que conseguiram encantar a América Latina com seu talento e foram reconhecidos em diversas ocasiões.

O terceiro estrato da música chilena atual corresponde aos clássicos, aqueles que perduram ao longo do tempo sem mudar seu estilo. Alguns grupos, como Illapu e Los Jaivas, têm ouvintes fiéis desde seu início, que acompanham as bandas há muitos anos.

Música no mundo: um reflexo do intercâmbio cultural

Além do estilo urbano, há outra tendência que está dando o tom musical: a música popular coreana, mais conhecida como K-Pop. Marcelo Contreras diz que hoje o ranking mundial da Billboard tem uma seleção especial dedicada a esse gênero e à música urbana, algo que poderia ser explicado pela perda da hegemonia anglo-saxônica na música ao longo dos anos. "Até antes dos anos 90, havia rock e hip hop em inglês. Agora o jogo foi dividido, e há música em outros idiomas também", explica Contreras. É assim que a música tem influenciado diretamente o intercâmbio cultural, gerando cruzamentos interessantes entre os idiomas dos artistas. Por exemplo, no Chile, o K-Pop se tornou um verdadeiro fenômeno entre os jovens, fazendo com que eles cantem em coreano.

Ultimamente, vários cantores anglo-saxões também têm sido vistos cantando em espanhol e fazendo colaborações com músicos latinos (uma das mais recentes é "One Day", da cantora britânica Dua Lipa, com os latinos Bad Bunny, J Balvin e Tainy), quando costumava ser o contrário: artistas como Ricky Martin ou Shakira cantando em inglês.

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