Até o momento, neste ano, foram publicados 86.500 artigos sobre o Chile na imprensa internacional, grande parte deles dedicados a questões econômicas e ao processo constitucional, seguidos por inovação, sustentabilidade, entre outros.
Este ano, dois assuntos importantes sobre o Chile estiveram na agenda da mídia internacional: o processo constituinte e a economia. Isso, de acordo com informações divulgadas pela Imagen de Chile, uma fundação dedicada a promover a imagem positiva do país no exterior e a identificar as percepções internacionais do país, tanto em termos de estudos quanto de imprensa internacional.
"Depois do boom de cobertura internacional registrado no final de 2021 devido às eleições presidenciais, o ano de 2022 teve dois picos de notícias na imprensa internacional: em março (13.100 publicações) e em julho (12.800). Como em qualquer ano em que um novo governo é instalado, de janeiro a março o foco foi a formação do novo governo e as decisões políticas, erros e acertos do presidente que assume o cargo", destaca a Imagen de Chile no relatório, que abrange uma seleção de 158 mídias internacionais prioritárias de 18 países ao redor do mundo.
Dos 86.500 artigos publicados sobre o Chile até agora neste ano nesses meios selecionados, o tópico mais coberto pela imprensa internacional foi a economia, com um total de 16.100 publicações até agora neste ano, bem acima dos 5.400 que foram registrados em todo o ano de 2021 e dos 7.400 que foram registrados em todo o ano de 2020, considerando os 158 meios selecionados. A mídia cobriu assuntos como saques de fundos de pensão, o aumento global do dólar, a inflação, as medidas tomadas pelo Banco Central, bem como a recessão técnica estimada que a economia chilena alcançará durante o ano.
A política foi outro tópico que representou uma porcentagem significativa de publicações, desde a instalação e os primeiros meses do governo do presidente Gabriel Boric, bem como a atenção especial gerada pelo processo constituinte, que resultou em 3.900 publicações até agora neste ano.
O terceiro e quarto lugares são ocupados por inovação e sustentabilidade, o que se explica em grande parte por fatores como o desenvolvimento de energias renováveis (hidrogênio verde e energia solar), a instalação de internet via satélite pela empresa Starlink, bem como a internacionalização de três start-ups chilenas que alcançaram a categoria de "unicórnios".
"Embora o contexto político e econômico explique o posicionamento dessas questões na agenda da mídia, vemos a relevância que questões como inovação e sustentabilidade adquiriram de forma muito positiva", diz Constanza Cea, diretora executiva da Imagen de Chile. "Essas áreas foram impulsionadas nos últimos anos, com investimentos em energias renováveis, marcos internacionais como a política turquesa, bem como a internacionalização de empresas como NotCo e Betterfly, que saíram pelo mundo com projetos de alto impacto social. E é exatamente isso que queremos, que o mundo conheça e valorize o talento chileno e que saiba que estamos criando o futuro a partir do Chile", acrescenta.
Como no ano passado, os quatro países que publicam mais artigos sobre o Chile são os Estados Unidos, o México, a Argentina e a China.