Um novo marco foi alcançado nos números do comércio exterior do país para 2024. Entre janeiro e julho, o número de exportadores chilenos totalizou 6.964 empresas, um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado e o valor mais alto para pelo menos um período semelhante nos últimos 30 anos, de acordo com uma prévia do relatório mensal de comércio preparado pela Diretoria de Estudos da Subsecretaria de Relações Econômicas Internacionais (SUBREI), com dados do Banco Central e do Serviço Nacional de Alfândega.
Em termos de número de empresas por setor, a manufatura liderou a lista com 3.838 exportadores, seguida pela indústria agrícola (1.556), serviços (995), silvicultura (397), vinho (365), pesca e aquicultura (311) e mineração (236). Enquanto isso, no nível de parceiros comerciais, o número de empresas que registraram exportações para os países da Aliança do Pacífico (2.653) se destacou, seguido pelo Mercosul (2.290), Estados Unidos (1.959), União Europeia (1.879) e China (1.029).
Ter cada vez mais empresas exportadoras é fundamental para o desenvolvimento econômico do país e de suas regiões. E, principalmente, na geração de mais empregos, já que essas 6.964 empresas com vendas no exterior geram um total de 1,1 milhão de empregos diretos e formais", afirma a subsecretária de Relações Econômicas Internacionais, Claudia Sanhueza.
"Parte de nosso desafio no SUBREI é continuar abrindo oportunidades no mundo para empreendedores, gerando mais instâncias de diversificação de destinos e inovação na oferta exportável, o que, por extensão, gerará maiores retornos e bem-estar", acrescentou a autoridade.
O crescimento no número de empresas coincide com o aumento no valor do total de exportações durante o período de janeiro a julho de 2024. Os embarques de mercadorias atingiram US$ 57,81 bilhões, um aumento de 3,3% em comparação com o mesmo período de 2023, registrando novamente o maior valor de nossas vendas externas para um período semelhante desde o início dos registros.
A mineração mais uma vez registrou um bom desempenho, com embarques de US$ 32.447 milhões, um aumento de 8,8% em comparação com o mesmo período de 2023. Liderando o dinamismo do setor estiveram os concentrados de cobre, com embarques totalizando US$ 17.288 milhões, seu maior valor para um período semelhante e um aumento de 32,3% em comparação com os primeiros sete meses de 2023. Outros subsetores que contribuíram positivamente para o setor de mineração foram o ouro (+24,3%) e o ferro (+10,3%), compensando a queda nos embarques de carbonato de lítio (-42,4%).
As exportações de alimentos acumularam embarques de US$ 7.442 milhões, marcando seu maior valor em um período semelhante. O impulso do setor é explicado pelo aumento nos embarques de agronegócios (+1,2%), laticínios (+7%), carnes (+5%) e alimentos orgânicos (+27%).
Enquanto isso, no final do período de janeiro a julho de 2024, os embarques de frutas frescas iniciaram o segundo semestre do ano com um novo recorde nas vendas externas, totalizando operações de US$ 5.484 milhões, um número que reflete um aumento de 14,9% explicado pelo aumento nos embarques de cerejas, uvas, ameixas, pêssegos, maçãs, kiwis e limões.
O setor de vinhos registrou vendas externas de US$ 924 milhões, um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2023, apoiado pelo aumento na categoria de vinhos engarrafados (+6,8%), compensando a queda nos embarques de vinhos a granel (-0,87%). Assim, 82,5% dos embarques do setor corresponderam a vinhos engarrafados, onde se destacaram os blends com denominação de origem e as variedades Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Carmenère e Merlot, entre outras.
As remessas de celulose, por sua vez, totalizaram US$ 1.592 milhões em vendas externas, um aumento de 14,9% em relação a 2023.
"Os números acumulados de exportação para julho mostram a força do nosso setor de exportação, que mais uma vez alcançou números recordes em vários setores. Também observamos de forma muito positiva que destinos como Índia, EFTA e Reino Unido estão liderando o crescimento de nossos embarques, pois esses são precisamente alguns dos mercados em que estamos concentrando nossos esforços para fortalecer nossas relações comerciais", acrescentou o subsecretário Sanhueza.
Nos primeiros sete meses de 2024, as exportações chilenas de serviços totalizaram US$ 1,6 bilhão, um aumento de 33% em comparação com o mesmo período de 2023, o valor mais alto para um período semelhante desde que os registros foram mantidos.
Do total de serviços exportados pelo país no ano, 68 deles atingiram seus próprios recordes individuais, alcançando seus maiores retornos para um período semelhante. Entre eles, o fornecimento de "hospedagem de sites e e-mails" (Cloud Centers), que continua sendo o serviço mais exportado até agora neste ano, com retornos de US$ 234 milhões (+67%).
Em seguida, em termos de valor, vêm "manutenção e reparo de aeronaves", com US$ 210 milhões (+52%), "suporte técnico em computação e tecnologia da informação, via internet", com US$ 112 milhões (+12%), "consultoria em tecnologia da informação", com vendas externas de US$ 63 milhões (+9%), e "projeto e desenvolvimento de aplicativos de tecnologia da informação", que acumularam retornos de US$ 51 milhões (+97%).
Por destino, os serviços chilenos foram direcionados a 117 mercados, sendo que somente os Estados Unidos responderam por um terço dos embarques (US$ 539 milhões), seguidos pelo Peru com uma participação de 18% (US$ 289 milhões) e a Colômbia em terceiro lugar, respondendo por 7,2% dos retornos (US$ 114 milhões).
Confira a nota original da Subsecretaria de Relações Econômicas Internacionais clicando aqui.