Em todo o seu território, o Chile possui várias grandes obras arquitetônicas. Elas se tornaram gradualmente parte da paisagem das grandes cidades do país, bem como de suas cidades menores. Sempre há visionários por trás dessas maravilhas arquitetônicas que conseguiram capturar sua arte e expressão nelas. Vamos falar sobre alguns dos arquitetos chilenos mais famosos em nível mundial.
Alejandro Aravena
Reconhecido como um dos arquitetos contemporâneos mais influentes do mundo, em 2016, recebeu o Prêmio Pritzker, o mais importante prêmio global de arquitetura. No mesmo ano, o New York Times o colocou entre os 28 gênios criativos que definiram nossa cultura, ao lado de figuras como Michelle Obama e Donatella Versace. Em 2008, ele recebeu o Leão de Prata na Bienal de Arquitetura de Veneza.
Alejandro concluiu seus estudos de graduação em 1992, antes de aperfeiçoar sua arte em diferentes academias italianas. Ele trabalha como arquiteto independente e lecionou na Pontifícia Universidade Católica do Chile e na Universidade de Harvard. Dedica-se à execução de projetos de infraestrutura social, transporte, espaço público e habitação social por meio de seu estúdio Elemental.
Suas obras mais populares incluem as Torres Siamesas e o Centro de Inovação Anacleto Angelini UC, ambos localizados no Campus San Joaquín da Universidade Católica, e seu projeto de habitação social em Monterrey, México.
Cecília Puga
Formada pela Universidade Católica e atualmente diretora do Museo Precolombino de Santiago, Cecilia se destaca por seu trabalho em residências unifamiliares, bem como em vários outros projetos, como o Barrel Room na Cono Sur Vineyards & Winery e o Pedro Montt Plaza Building em Ñuñoa, Santiago.
Seu último projeto concentrou-se na recuperação e no aprimoramento do patrimônio nacional do Palácio Pereira (atual sede da Convenção Constitucional), que foi um projeto conjunto com Alberto Moletto e Paula Velasco. Acesse este link para ver um tour pelo Palácio Pereira.
Foi diretora da Escola de Arquitetura da Universidad Andrés Bello e lecionou na Universidade do Texas em Austin e no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique.
Cazú Zegers
Formada pela Universidade de Valparaíso, essa arquiteta baseia seu trabalho no conceito "habitar leve e precariamente", que se refere a uma arquitetura de baixa tecnologia que entende que o maior valor do Chile está em seu território.
Alguns de seus trabalhos mais importantes são o Tierra Patagonia Hotel (2011), que foi reconhecido por várias revistas internacionais, e o Magnolia Hotel (2016), que ganhou prêmios internacionais e foi nomeado como um excelente exemplo de conservação de um edifício histórico.
Cazú Zegers recebeu o Grande Prêmio Latino-Americano de Arquitetura na Bienal de Buenos Aires (1993) por seu projeto Casa Cala, localizado no Lago Ranco. Ela também foi nomeada entre os 18 melhores arquitetos do mundo pela Elle Decor e entre as arquitetas latino-americanas que estão quebrando barreiras pela Forbes em 2020.
Smiljan Radic
O arquiteto da Universidad Católica se apresentou na Bienal de Veneza e na Serpentine Gallery de Londres (2014). Ele é o cérebro por trás de obras impressionantes como a adega da Vik Winery em Millahue (2014), a remodelação do Museo Chileno de Arte Precolombino, o Nave Cultural Center (2015) e o Teatro Regional de Biobío (2018), uma estrutura translúcida que ilumina a orla marítima de Concepción à noite.
Vencedor do Prêmio da Academia Americana de Artes e Letras de 2018 por sua contribuição à arquitetura como forma de arte, o New York Times o chamou de "uma estrela do rock entre os arquitetos" em 2014.
Em 2000, ele venceu um concurso para projetar o bairro cívico de Concepción, um projeto que lhe rendeu o prêmio de melhor arquiteto chileno com menos de 35 anos de idade do Colégio Chileno de Arquitetos no ano seguinte.
Antonia Lehmann
Reconhecida como a primeira mulher a receber o Prêmio Nacional de Arquitetura do Chile (2004), ela abriu seu próprio estúdio, Izquierdo Lehmann Arquitectos, em 1984, juntamente com seu marido e parceiro de negócios, Luis Izquierdo Wachholtz. O estúdio desafiou os padrões arquitetônicos da época, tendo o concreto aparente como a característica distintiva de seu trabalho.
Em 2011, ela foi chamada para chefiar o Comitê Consultivo Presidencial para a Nova Política Urbana do Chile, um precursor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano.
Theodore Fernandez
O arquiteto da Universidad Católica é especializado em estudos paisagísticos e dedicou seu trabalho a projetos de habitação social, arquitetura universitária e arquitetura civil. Em 2014, ele recebeu o Prêmio Nacional de Arquitetura do Chile.
Iniciou seu desenvolvimento profissional na Espanha na década de 1970, colaborando com Fernando Domeyko e Jesús Bermejo. Posteriormente, trabalhou em vários projetos no Chile nas décadas de 1980 e 1990, ao lado de outros arquitetos renomados, como Cecilia Puga e Smiljan Radic.
Entre seus trabalhos mais significativos estão a remodelação do Centro Cultural Estación Mapocho (1994), o Parque Inés de Suárez em Providencia (1994), o Parque Bicentenário em Vitacura (2007), a restauração do Parque Quinta Normal (2011) e o Edifício Moneda Bicentenario (2014).
Fernando Castillo Velasco
Um dos arquitetos mais renomados do Chile, Fernando Castillo Velasco (1918-2013) iniciou seus estudos em 1937. Ele e alguns de seus colegas de universidade criaram um estúdio de arquitetura, que foi elogiado pela modernidade de seu trabalho e por sua ruptura com as normas aceitas.
Algumas de suas obras mais famosas são as Torres Tajamar, o projeto habitacional Portales e a Universidad Técnica del Estado (atualmente ocupada pela Universidad de Santiago de Chile). Em 1983, o Colegio de Arquitectos de Chile concedeu-lhe o Prêmio Nacional de Arquitetura.
Luciano Kulczewski
Considerado o Gaudí chileno, Luciano Kulczewski (1896-1972) estudou arquitetura na Universidad de Chile. Seu talento foi reconhecido desde seus anos de estudante na universidade, onde recebeu três medalhas do Museo de Bellas Artes. Ele concluiu seu primeiro projeto enquanto ainda era estudante: uma casa na rua Agustinas. Suas obras se destacam pela combinação de diversos estilos, com elementos neogóticos, art nouveau e modernistas.
Vários bairros e fachadas de Santiago foram projetados por esse grande artista, como a entrada do teleférico do Parque Metropolitano de Santiago (1925), o bairro Los Castaños, o bairro Keller, o clássico Conjunto Virginia Opazo no Barrio República no centro de Santiago, que foi declarado monumento nacional em 1992, e o edifício do Colegio de Arquitectos de Chile na Alameda, declarado monumento nacional em 2010. Luciano Kulczewski faleceu em 1972.
