01 de abril de 2022 #ChileDiverse

Ao infinito e além! Marcos na história da exploração espacial do Chile

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A história do Chile no espaço remonta a várias décadas e abrange vários marcos, incluindo o lançamento de três satélites diferentes. Há três anos, foi anunciada a criação do Sistema Nacional de Satélites (SNSat), que prevê uma constelação de 10 satélites para substituir o FaSat-Charlie, atualmente em órbita.

Eles medem 10x10x30 cm e não pesam mais do que 3 quilos. São o SUCHAI-2, o SUCHAI-3 e o PlantSat, os três novos nanossatélites do Programa Espacial da Universidade do Chile, que estão decolando a bordo do foguete Falcon-9 da empresa do sul-africano Elon Musk, SpaceX, de Cabo Canaveral (Estados Unidos), com a missão de realizar experimentos biológicos, de sistemas de informação e comunicação e de física espacial.

Esse é um novo marco na exploração espacial do Chile, um assunto que não é estranho ao nosso país. Embora muitos não saibam, a relação do Chile com o espaço começou em 1959, uma década antes de Neil Armstrong proferir suas famosas palavras na superfície lunar: "este é um pequeno passo para o homem, mas um salto gigantesco para a humanidade". Foi nesse ano que a NASA instalou uma das primeiras estações de rastreamento de satélites do mundo na cidade de Antofagasta, no norte do Chile, com o objetivo de apoiar as primeiras missões das sondas enviadas pelos Estados Unidos ao espaço.

Duas décadas depois, em 1980, foi criado o Comitê de Assuntos Espaciais, um dos primeiros órgãos que procurou regulamentar esse assunto com políticas públicas. Com o passar dos anos, o órgão mudou e, em 15 de março, o Diário Oficial publicou a criação da Comissão Consultiva Presidencial sobre Assuntos Espaciais, dando início à nova governança espacial do Chile, que inclui a participação de cinco ministérios (Ciência, Relações Exteriores, Defesa, Interior, Patrimônio Nacional) e uma subsecretaria (Telecomunicações).

Varredura por satélite

Embora o SUCHAI-2, o SUCHAI-3 e o PlantSat estejam entre os nanossatélites mais avançados que foram desenvolvidos em nosso país, eles não são as únicas missões desse tipo que surgiram no Chile. Em 1994, a Força Aérea Chilena elaborou um programa que incluía o lançamento de dois microssatélites. O primeiro foi o FaSat-Alfa (1995), que não conseguiu se desacoplar do satélite ucraniano no qual estava viajando. Três anos mais tarde, o FaSat-Bravo foi lançado do Cazaquistão para realizar estudos geográficos, climáticos e de recursos econômicos do país, que encerrou suas operações em 2001 após tirar mais de 1.000 fotografias.

No início da última década, foi lançado o FaSat-Charlie (2011), cuja missão era a observação da Terra. Finalmente, em junho de 2017, o primeiro satélite artificial projetado e desenvolvido localmente no Chile foi lançado da Índia, SUCHAI-1 (Satélite da Universidade do Chile para Investigação Aeroespacial): o primeiro nanossatélite desenvolvido pela Faculdade de Ciências Físicas e Matemáticas da Universidade do Chile, lançando as bases para o Programa Espacial da Universidade, e que continua orbitando a Terra até hoje.

Em 2019, foi anunciada a criação do Sistema Nacional de Satélites (SNSat), que inclui 10 satélites que formarão uma constelação nacional de satélites e substituirão o satélite FaSat-Charlie, atualmente em órbita e que chegou ao fim de sua vida útil há cinco anos. Dentro desse sistema, três minissatélites pesando cerca de 100 quilos e sete microssatélites pesando até 20 quilos estão planejados para 2025. Os três primeiros minissatélites (Fasat Delta, Fasat Echo 1 e Fasat Echo 2) serão lançados nos próximos anos pela empresa de Elon Musk. Enquanto isso, os sete microssatélites serão construídos no Chile, em conjunto com universidades chilenas, e serão lançados entre 2023 e 2025.

Além disso, este ano está prevista a inauguração do Centro Espacial Nacional (CEN) no distrito de Cerrillos (Santiago), que terá quatro áreas: um laboratório para a fabricação de satélites e cargas úteis; um centro de controle de missão espacial; um centro de análise e processamento de informações geoespaciais; e um Centro de Empreendedorismo e Inovação Espacial.

Para a operação desse centro, três estações de monitoramento serão instaladas em Antofagasta, Santiago e Punta Arenas para monitorar os satélites da constelação nacional, além de fazer o download de imagens em tempo real.

 

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